Bem, por partes, que, assim, provoca soluços. A questão não é vivermos na Europa ou, na cochinchina. A liberdade, a querida liberdade, que é sempre chamada, aqui entrega-nos lucidez suficiente para entender o que de facto se quer dizer com mostrarmos tudo o que queremos. A lógica existe para ser usada na cabeça. Procura-se a coerência de aparecer na televisão senhoras simpáticas com um vestidinho no meio do apresentador igualmente simpático. Os assistentes do sexo masculino, que se saiba, não se apresentam com calções acima do fémur. Não lhe sobram anos para se vestir como os pseudos vestidos do género.
Há idade para a roupa entrar no nosso corpo, é verdade, porque o ridículo é capaz de nos visitar. No entanto, mesmo que haja calendário para essa linha de vestuário, o absurdo pode rondar. Lenka da Silva, para sua defesa, usa palavras bonitas, mas, e com franqueza, fazem tanta falta como um casaco de vison nas Maldivas: “….Mulheres sem medos, mulheres se guras, amadas, que se sabem defender quando é preciso mas também sabem que ser mulher é ser amiga das outras mulheres”. Ser mulher é ser amiga de todas as mulheres? Diga outra vez 33.