Quando se viu obrigada a fechar a loja de arranjos de costura que tinha aberto há cerca de um mês, Conceição Madeira Martins, portuguesa a residir no Luxemburgo, virou-se para a confeção de máscaras.
“Abri em fevereiro e no dia 15 de março o Governo mandou fechar tudo. Veja lá a minha vida”, conta a costureira, entre duas clientes. Na loja de arranjos de costura, numa galeria comercial na capital luxemburguesa, as encomendas – calças e saias para ajustar, bainhas por fazer – acumulam-se, desde que o confinamento chegou ao fim, mas quando a quarentena foi decretada, Conceição Madeira Martins foi obrigada a fechar a loja.
Com a renda do espaço e contas para pagar, a costureira não desesperou. “Ouvi o primeiro-ministro do Luxemburgo dizer que as máscaras em pano eram uma boa alternativa e que fazem menos lixo e poluição”, conta. A costureira, natural de Seia, decidiu encomendar elásticos e tecidos pela internet, “da China, da Bélgica, de vários sítios”, e pôs mãos à obra. “No início até vinha com medo, porque não havia ninguém nas ruas, mas lá vinha e fechava-me aqui a fazer as máscaras”, recorda.
Leia mais em Bom Dia